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Notícies :: corrupció i poder |
Manifesto da Libertação Mundial
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per Alia Spártacus Adreça: www.geh.com.br/forum |
30 mai 2011
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MANIFESTO DA LIBERTAÇÃO MUNDIAL
NEM COMUNISMO, NEM CAPITALISMO, NEM DEMOCRATISMO.
QUE SE VÃO EMBORA TODOS!
Somos muitos os que nestes dias confluímos nas ruas para protestar. Todos nos identificamos com a rejeição aos partidos políticos, com a rejeição aos sindicatos, aos empresários. Sobretudo demo-nos conta de que chegamos ao limite. Que estamos fartos de ser os párias deste mundo. Que não suportamos mais que uns poucos encham os bolsos e vivam como reis, enquanto aos outros apertem os cintos para além de todo o limite com o fim de manter a saúde da sacrossanta economia. Que sabemos que para mudar isto temos que lutar nós mesmos, à margem de partidos, sindicatos e demais representantes que querem fazê-lo por nós.
Acima de tudo, esta realidade está a exprimir uma questão fundamental que afeta o mundo inteiro: a contraposição de necessidades e interesses entre a economia e a humanidade. Isto foi entendido perfeitamente pelos nossos irmãos rebeldes no Norte da África, isto entendemo-lo hoje aqui agora que a situação já é insustentável para todos nós e saímos à rua para lutar. Agüentamos o insuportável, sofremos uma degradação das condições de vida como não acontecia há décadas. Mas finalmente dissemos basta, e aqui estamos, exprimindo a nossa rejeição a todo este sistema infernal que transforma a nossa vida em mercadoria.
Queremos, claro, exprimir a nossa rejeição completa à etiqueta de cidadão. Sob essa etiqueta junta-se tudo o que mexe, desde o político ao desempregado, desde o dirigente sindical ao estudante, desde o empresário mais rico até ao operário mais miserável; misturam-se condições de vida totalmente antagônicas. Para nós não se trata de uma luta de cidadãos. É uma luta de classe entre usurários e explorados, entre trabalhadores e políticos corruptos. Desempregados, trabalhadores, estudantes, aposentados, imigrantes formamos uma classe social sobre a qual incidem, em maior ou menor medida, todos os sacrifícios. Políticos, banqueiros, patrões formam a outra classe da sociedade, a que se beneficia, também em maior ou menor medida, das nossas penúrias. Quem não queira ver a realidade desta sociedade de classes vive no mundo da ilusão.
Chegados aqui, protestando em numerosas praças por todo o país, é hora de refletir, é hora de concretizar as nossas posições, de orientar bem a nossa prática. A heterogeneidade é grande, sem dúvida. Convergimos neste movimento companheiros que há muitos anos andamos na luta contra este sistema podre, outros que saímos pela primeira vez às ruas, uns que estão certos de querer ir até ao fim, ao tudo por tudo (queremos tudo e agora rezava um cartaz na Puerta del Sol), outros falam de reformar diversos aspectos da realidade, outros encontram-se desorientados, outros só querem manifestar que estão fartos do que lhes acontece? E também há quem, isto é preciso tê-lo bem presente, trata de pescar em águas turvas, quem procura canalizar este descontentamento para neutralizar a sua força aproveitando as nossas indecisões e debilidades.
A mídia do sistema sempre esteve a serviço do capitalismo internacional,devemos utilizar as redes de comunicação social criadas pelos inimigos a fim de alienar o planeta e transformar o povo em humanóides- robóticos, contra eles mesmos, cumprindo o axioma de que o feitiço sempre vira contra o feiticeiro.
Nosso objetivo é exigir o devido respeito que merecemos. Não queremos ser nem mais, nem menos que simplesmente Humanus na verdadeira acepção da palavra. Que os parasitas e sanguessugas anti-humanus se vão todos.
Desde logo, algo que discutimos entre os diversos companheiros nas ruas é que a nossa força está na rejeição, no movimento de negação do que nos impede viver. É o que forjou a nossa unidade nas ruas.
Confiamos num avanço irreversível capaz de provocar uma limpeza geral no planeta azul, que os hipócritas e fariseus sujaram, transformando o mundo em imundo, devemos avançar, aprofundando e realizando o nosso objetivo, nossa rejeição ao sistema democrático, globalista, programador deve ser total. Isso porque a nossa força reside nessa negação, temos consciência de que não solucionaremos os nossos problemas exigindo melhorar a democracia, tal como se afirmou em certas palavras de ordem, nem sequer reivindicando a melhor democracia que posamos imaginar, uma vez que esta palavra, trata-se mais de um “ismo”. Esse democratismo é uma palavra prestidigitadora utilizada para continuar hipnotizando o rebanho. A nossa força está na rejeição que estamos a manifestar à esse regime lixo que estão tentando nos socar goela baixo. O que eles chamam de democracia, é o que sofremos no dia-a-dia e que não é outra coisa que a ditadura do dinheiro. Não existe democracia no sentido doutrinário e massificante de que ela seria uma solução mágica. É uma armadilha reivindicar essa democracia “ideal” e “maravilhosa” de que nos falaram desde pequeninos.
Da mesma maneira não se trata de melhorar este aspecto ou outro, pois o fundamental continuará a existir: a ditadura da economia. Trata-se de transformar totalmente o (i)mundo, de mudá-lo de cima a baixo. O capitalismo não se reforma, destrói-se. Não há caminhos intermédios. Há que ir até ao fundo do problema, há que abolir o capitalismo, a religião do dinheiro, o regime da usura.
Ocupamos a rua uns dias antes da festa parlamentar, essa festa onde se elege executará as diretrizes do mercado. Bem, é um primeiro passo. Mas não podemos ficar por aí. Trata-se de dar continuidade ao movimento, de criar e consolidar estruturas e organizações para a luta, para a discussão entre companheiros, para enfrentar a repressão que já caiu sobre nós em Madrid e em Granada. É preciso tomar consciência de que sem transformação social, sem mudança social radical, tudo continuará igual.
Apelamos a continuar mostrando toda a nossa rejeição ao espetáculo do circo eleitoral de todas as maneiras possíveis. Apelamos a gritar em toda a parte a palavra de ordem. Que se vão embora todos! Mas apelamos também a que a luta continue e se alastre a todos os países deste e de outros continentes que são vítimas das mesmas forças tenebrosas e desagregadoras. Continuaremos lutando, mesmo depois das eleições de amanhã e que vamos muito além destes dias. Não podemos deixar morrer os laços que estamos a construir.
Apelamos à formação de estruturas para lutar, apelamos a que entremos em contacto, a que coordenemos o combate, a lutar nos núcleos que se estamos criando, fazendo delas órgãos para a luta, para extirpar a conspiração mundial orquestrada e planejada pelos “bonzinhos- democratistas”, para a discussão da luta, não para reuniões cidadãs. Apelamos a organizar-nos em todo o país para lutar contra a tirania dos mercadores.
À RUA, A LUTAR!
A DEMOCRACIA É A DITADURA DO CAPITAL
O CAPITALISMO NÃO SE REFORMA, DESTRÓI-SE!
QUE SE VÃO EMBORA TODOS!
EIXO – Brasil, Portugal, Espanha.
Núcleo Brasil:
Organizadora e Representante na América Latina - Alia Spártacus –
Diretora de redação do Anuário Cultural Humanus. |
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