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Notícies :: globalització neoliberal |
A Criação Proudhoniana
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per Francisco Trindade |
29 feb 2004
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A Criação Proudhoniana |
A Criação Proudhoniana
Apresentamos a Actualização de Fevereiro do site http://www.franciscotrindade.com
Com a introdução de um novo texto intitulado
A Criação Proudhoniana
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Segue-se excerto do texto que pode ser lido na Ãntegra em http://www.franciscotrindade.com.
Responsável técnico máximo, como de costume
José Carlos Fortuna.
Se a fecundidade de uma hipótese é verificada pela sua margem de insucesso, devemos aplicar esta regra à hipótese que tÃnhamos proposto e medir que naquela medida aplica-se aos escritos de Proudhon que não dizem respeito directamente à filosofia polÃtica. A nossa hipótese parece dar conta adequadamente do projecto anarquista e federalista, da concepção dos equÃlÃbrios económicos, da teoria da revolução, mas ela não dá conta e ao mesmo tÃtulo de todas as proposições de Proudhon, já que ela não pode explicar inteiramente o acto de criação de um génio particular.
Não se saberia considerar por exemplo, os trabalhos económicos de Proudhon como o simples reflexo de uma estrutura social operária. Se o Sistema das Contradições Económicas é construir, como nós tÃnhamos ensaio de o mostrar, a partir de uma percepção operária de exterioridade do sistema capitalista e de um conhecimento de exploração, ele desenvolve-se apoiando-se sobre uma vasta informação ao exterior da experiência primitiva. Proudhon participa assim em muitas culturas, utiliza uma informação provida pela “ciência burguesaâ€? e procura contestá-la a partir da classe na qual ele faz de porta-voz. E ele até procura utilizar esquemas da lógica hegeliana para justificar as suas próprias estruturas lógicas. Não se saberia também pretender sem outra precisão que o pensamento proudhoniano se encontra â€?determinadoâ€? pela sua participação no meio dos artesãos assalariados como se o conhecimento destas homologias podia nos livrar de todas as chaves da obra. Mais validamente poder-se-ia rodear aqui a criação proudhoniana que funciona a partir de um conjunto de intuições fortemente coerentes e prolonga-se pela assimilação polémica de uma cultura cientÃfica saÃda de um outro meio social. Este tipo de invenção manifesta-se muito claramente na Primeira Memória onde Proudhon lança à partida, como um desafio, a intuição operária do roubo capitalista, analisa brevemente o seu mecanismo, depois expõe para os confundir os argumentos desenvolvidos pelos meios conservadores. A hipótese sociológica coloca aqui em reflexão, não a totalidade das razões, mas as certezas iniciais que delimitam, no seio da reflexão, a verdade e o erro, o “realâ€? ou seja a justiça e a mutualidade, e a aberração.
Saudações proudhonianas
Até breve
Francisco Trindade |