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Notícies :: pobles i cultures vs poder i estats
O GALEGO NO MUNDO !
29 ago 2003
Que é o luso-reintegracionismo linguístico ?
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O Reintegracionismo é um movimento que reúne já um grande número de pessoas que pensamos que é preciso volvermos ao galego a sua escrita verdadeira, a roupa de gala que um dia nos roubarom. Somos um amplo movimento de cidadãos que reclamamos a restituiçom dos nossos direitos linguísticos e o fim desta inaudita situaçom em que umha língua com ortografia própria tem de ver como se oficializa a escrita de outra língua diferente para representá-la. Umha situaçom tam insólita como se alguém impugesse aos castelhanos o emprego da ortografia do alemám. Somos um grupo de cidadãos que decidimos escrever normalmente a nossa língua como lhe corresponde, conscientes de que estamos criando um uso e umha tradiçom que, mais cedo que tarde, terá de ser reconhecida polos poderes públicos do nosso país.

Temos em contra o actual governo autonómico da Galiza, que aposta pola escrita castelhana, marginando ou perseguindo a galego-portuguesa, porque sabem que esse é o melhor caminho para assimilar o galego ao castelhano, mas nom luitamos em desvantagem porque podemos participar de todos os benefícios que tem compartilharmos umha língua extensa, útil e de ampla projecçom internacional. Como usuários da língua galego-portuguesa temos ao nosso dispor livros, dicionários, enciclopédias, canções, filmes, programas informáticos, páginas na Internet..., com umha quantidade e qualidade incomparavelmente maiores que as que poda alcançar nunca a "cultura" do galego regional promovido pola Junta da Galiza. Podemos, pois, sobreviver e crescer neste ambiente hostil sabendo que cada pequeno passo que damos, cada livro publicado, cada grupo musical que usa o galego-português, cada grafitti na rua, cada novo cidadão galego que decide usar coerentemente a sua língua é um passo de gigante na construçom de umha cultura verdadeiramente galega, umha cultura viva e real, nom umha cultura de autores subsidiados.

Nom se trata, pois, de isolar-se da realidade nem de renunciar ao património cultural de todos os galegos, trata-se de construirmos umha alternativa que se vai fazendo cada vez mais presente na sociedade até conseguirmos que nom poda ser olhada por ninguém como umha utopia ou como um sonho impossível de realizar. Precisamente porque é já o galego mais real, o único que existe como forma culta, o mais parecido a umha língua normal de um país normal. Nom significa isso que nom reconheçamos o galego escrito à castelhana, pois trata-se de somar esforços, nom de restar; mas cremos que se a cultura galega fosse exclusivamente por esse caminho a nossa língua acabaria desaparecendo subsumida no espanhol num imparável processo de dialectalizaçom, como é fácil ver que está já acontecendo.

Devemos usar o mais possível o galego-português porque ele está em condições de concorrer com o castelhano na Galiza em igualdade de condições enquanto o galego isolacionista está condenado a ser por sempre umha forma dialectal-regional do espanhol, um código alternativo, sem variedades nem registros, utilizado somente para usos administrativos e pseudo-litúrgicos enquanto persista a ideia de que falá-lo em público é o politicamente correcto. É um galego morto, assumido polas gentes como umha forma de falar pedante. Isso nom é a forma padrom da nossa língua. Devemos usar o galego-português porque, fazendo-o, estamos também promovendo a consolidaçom da identidade galega. A nossa escrita cumpre perfeitamente o papel simbólico de pôr umha fronteira entre o galego e o castelhano assimilador. É umha escrita independente, baseada nas nossas próprias raízes. É a escrita de um país europeu, atlântico, de língua galego-portuguesa.

Artigo de Joam Soutulho

Mais informaçom em:

http://www.agal-gz.org
http://webs.uvigo.es/agal/mundo/guia1.htm
http://www.mdl-galiza.org
http://www.terravista.pt/Enseada/1347/
http://www.galizalivre.org
http://www.mdl-gz.org
http://www.culturagalega.org/eventos/galegonomundo/
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Mira també:
http://www.agal-gz.org
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