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Anàlisi :: antifeixisme : criminalització i repressió
Farsa judicial em Portugal : NÃO PASSARÃO!
23 gen 2010
11 pessoas,por terem expresso o seu repúdio ao fascismo e ao capitalismo, numa manifestação, em 25 de abril de 2007 em Lisboa, foram acusadas de “agressão, injúria agravada e desobediência civil”.Na realidade foram detidas ao acaso
entre os manifestantes.Decorre a farsajudicial.NÃO PASSARÃO!
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A 7 de Dezembro de 2009, com adiamento para hoje, 22 de Janeiro de 2010, em Lisboa, começou o julgamento de 11 pessoas, por terem expresso o seu repúdio ao fascismo e ao capitalismo, numa manifestação, em 25 de abril de 2007. Acusados de “agressão, injúria agravada e desobediência civil”, na realidade foram detidos aleatoriamente entre os manifestantes com o único objectivo de obter onze bodes expiatórios para através deles reprimir e intimidar o movimento popular emergente.

Mas a situação não se fica por aqui. Na realidade, nos últimos anos, o crescimento de organizações sociais e políticas de extrema-direita (note-se o aumento do peso mediático do partido fascista PNR) causou preocupação a muitas pessoas, alarmando outras. E foi devido a este facto que se terá convocado uma manifestação para o dia 25 de Abril de 2007, cujo mensagem era clara: “contra o fascismo, mas também contra o capitalismo e contra toda a autoridade”. Várias centenas de pessoas, entre elas eu, concentraram-se na Praça da Figueira e foram em manifestação na direcção do Chiado. Quando a manifestação acabou, contava com mais de 500 pessoas, num ambiente formidável, com os transeuntes a apoiá-los, ao chegar à Praço do Largo Camões. Entretanto, um grupo de cerca de 150 manifestantes cometeu a imprudência de voltar a descer o Chiado em direcção ao Rossio e quando se encontravam na Rua do Carmo, o Corrpo de Intervenção da Policia de Segurança Pública (PSP) e vários policias à paisana cortaram a via de ambos os lados. Sem aviso prévio nem ordem de dispersão, començaram a carregar contra os manifestantes, sem que se tivessem em nenhum momento a intenção de dispersar a manifestação. A policia atacou os manifestantes e continuou batendo brutalmente nos que caíam no solo. Outros e outras foram perseguidos pelas ruas limítrofes e nem sequer alguns transeuntes e turistas escaparam à violência policial.

Nesse dia comemorava-se o fim da ditadura fascista en Portugal e, paradoxalmente, tornou-se num dos dias em que ficou claro a verdadeira face desta democracia. Para justificar a actuação policial naquele dia simbólico, o Partido Socialista montou uma campanha de desinformação, contando com os meios de (des)informação habituais, classificando os manifestantes como perigosos e declarando a actuação da polícia dentro dos princípios da “legalidade, proporcionalidade e adequação”.

Onze dos manifestantes foram detidos aleatoriamente durante a carga policial - podia ter sido eu ou qualquer outro ou outra das várias centenas presentes - e foram acusados de agressões e injúrias contra os mesmos policias que tão brutalmente actuaram. Existem vários vídeos reveladores de toda esta brutalidade policial que não encontrou resistência em qualquer dos manifestantes atacados que, pelo contrário, tentaram apenas proteger-se das agressões policiais, apanhados e apanhadas de surpresa.
Anos antes, um polícia foi julgado e condenado por uma actuação semelhante, na Baixa lisboeta, devido a provocação e agressão de manifestantes pacíficos. Mas, desta vez, a farsa pretende ir mais longe e do inquérito à actuação das forças policiais resta apenas
a omissão (?)...

Perante esta farsa judicial, que continua a 11 de Fevereiro com a audição dos polícias, testemunhas de acusação, a resposta só pode ser uma: defender a liberdade de expressão, opinião e manifestação, ser implacável na denúncia das arbitrariedades cometidas pela polícia, dentro das prisões, esquadras e fora delas, mobilizar a opinião pública para a luta contra esta aberração da actuação das forças policiais que em nome da "democracia" actuaram semeando o terror "fascista".

NÃO PASSARÃO!
22 de Janeiro de 2010

Emília Cerqueira, Lisboa, Portugal

Para mais informação:

VÍDEOS:
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FOTOGRAFIAS:
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